Como Copiar Riscos Sem Utilizar Papel Carbono
Durante uns bons 2 anos, tive o regalia de fazer em “Playboy” o serviço mais prazeroso de minha vida jornalística. Não, eu não era encarregado de seduzir as mulheres tão desejadas pelos leitores, com o convite pra que posassem usando só brincos e pulseira, e não estava ao lado do fotógrafo pela hora em que elas tiravam a roupa. De certa maneira, porém, meu serviço era tentar desnudá-las. click aqui /p>
Não apenas elas. Eles também. Fui um dos entrevistadores da revista. As longas entrevistas em maneira de pingue-pongue haviam se tornado uma marca indelével da “Playboy” americana criada por Hugh Hefner. visualizar a intenção de mostrar de forma definitiva as histórias e as ideias de gente famosa, atores ou músicos, políticos ou empresários. Pra isso, os repórteres dispunham de tempo e recursos.
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Podiam gastar meses pra pesquisar, apurar, gravar e digitar, viajando pra onde fosse vital. O prazo incluía o tempo gasto no convencimento do alvo escolhido. Logo que foi lançada, a edição brasileira da superior publicação masculina do universo seguiu a mesma receita. Claro que as condições seriam diferentes, no entanto nem sequer tal.
Entraria nos anais da nossa “Playboy” a condição que o jornalista Hamílton Almeida Filho, conhecido como Hamiltinho, impôs para entrevistar o ministro Delfim Netto: teria que ir ao seu lado para Tóquio. Na primeira classe. E não é que o diretor de redação Mário de Andrade concordou? As instruções vinham da matriz de Chicago.
Antes de mais nada, era preciso executar um questionário com 150 perguntas. Domina lá o que são 150 dúvidas? Você prepara sem complexidade umas 20 ou 30 para qualquer entrevistado. Qual era seu sonho de infância? Que livro mudou tua cabeça? O que estava fazendo em que momento soube que o presidente Kennedy foi assassinado? Com qualquer empenho, chega-se às cinquenta perguntas.
A partir daí, se metodo fan art avançar, você deve ver a cada um dos videos da estrela de cinema, ler todos os livros do romancista e discutir com todos os amigos da modelo. Ou mais ou menos isso. Claro que, na entrevista, ninguém formularia tantas perguntas desta maneira. O propósito era, de lado a lado delas, aprender, dominar o protagonista e estar preparado para enfrentá-lo.
Enfim, fazer a lição de casa. Ao pedir a entrevista, telefone dez vezes, não duas. Não use a expressão “entrevista”. Responda que você está interessado em evidenciar os pontos de vista da pessoa. Não desligue o gravador antes de encaminhar-se a despeito de. Use a “técnica do silêncio”. Após uma pergunta sobre um foco mais fino, fique calado. O entrevistado tenderá a completar o silêncio com tua voz.
São capazes de sair daí ótimas respostas. Essas recomendações, como eu descobriria pela prática, faziam sentido. A tal técnica do silêncio, tais como. a nossa página inicial de tê-la usado com êxito ao menos duas vezes. Numa delas, diante da atriz Bruna Lombardi. Pela data, ela tinha trinta e três anos e gravava pra Globo a minissérie Amplo Sertão, baseada no romance de Guimarães Rosa.
Entre as questões inevitáveis de qualquer entrevista para “Playboy”, havia esta: no momento em que foi sua primeira vez? A indagação podia não ser respondida com pormenores, e em geral não era, mas havia a obrigação de formulá-la no instante correto. — No momento em que você descobriu o sexo? — Lá pelos quatro anos. — É evidente que não deixei de ser virgem com essa idade. Eu falo de sensualidade.
Fez uma pausa demorada e passou a mão nos cabelos, que estavam bem curtos e escuros pra se caracterizar como o personagem Diadorim que interpretava pela tv. Mordi a língua e esperei que ela entrasse no tópico. Demorou um tanto. Eu ouvia os passos dos garçons e os ruídos das mesas vizinhas.